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Indústria de móveis será a nova matriz econômica do oeste de SC

O presidente da Associação dos Moveleiros do Oeste de SC (AMOESC) e do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Vale do Uruguai (SIMOVALE), Osni Carlos Verona, está otimista com o futuro do setor.
Osni é casado com Loreni Verona, natural de Caçador (SC), tem 50 anos de idade, uma filha (Adrielle) casada com Marcos Machado. É mestre em gestão e auditoria empresarial, pós-graduou-se em design e novas tendências, em gestão da produção e em administração de empresas.
Verona tem 30 anos de experiência como gerente de produção na área madeireira de portas e janelas, consultoria de indústria de móveis, desenvolvimento de supervisores e chefe de setores, designer de móveis, consultor na área de desenvolvimento produtivo empresarial, palestrante na área de empreendedorismo empresarial e proprietário da indústria Verona Móveis Ltda.

A crescente indústria moveleira do Oeste catarinense tornou-se alternativa para diversificar a matriz econômica da região?
OSNI VERONA – Nosso polo madeireiro e moveleiro vem se destacando pela integração e a busca constante em promover o setor através de feiras nacionais (Mercomóveis) e internacionais (rodadas internacionais de negócios e missões empresariais). Recentemente, de 27 a 31 de agosto de 2012, realizamos a oitava edição da feira e com grande sucesso nacional e internacional através de importantes rodadas de negócios. Nosso polo conta com aproximadamente 1.200 empresas, que geram em torno de 12.500 empregos diretos, onde somos o número um em quantidade de empresas, terceiro em número de empregos e o quarto na economia do oeste de Santa Catarina, sendo que mais de 90% são micro e pequenas empresas.

A que se deve o bom desempenho do setor na região?
OSNI VERONA – O Simovale tem mais de 50 anos de existência e trabalha em prol da Associação dos Madeireiros e Moveleiros do Oeste de Santa Catarina (AMOESC) há 12 anos, promovendo toda a cadeia de madeira/móveis, sempre capitaneado por empresários de visão de futuro, que buscam resultados porque acreditaram no potencial da nossa região e saíram pelo Brasil e o Mundo promovendo este setor no qual temos os maiores fabricantes de móveis da América Latina e que cresceram junto com o segmento, tornando-se referência para muitos polos brasileiros.

Como o Sr. vê o futuro da indústria de móveis nos mercados interno e externo?
OSNI VERONA – No mercado interno estão acontecendo grandes movimentos das classes sociais. Exemplo disso é a migração de mais de 40 milhões de brasileiros que estavam nas classes D e E que subiram entre 2009 e 2011 para a classe C e estão comprando mais que as classes A e B juntas, na ordem de R$ 21 bilhões, e a classe A e B, em torno de R$ 17 bilhões. Com o mercado interno aquecido e exportações em baixa, este cenário esta tomando outra direção. Muitos consumidores da classe C estão subindo para as classes B2, B1 e A com potencial de compra superando o consumo da classe C que cresceu em 2012, comparando com o mesmo período de 2011, na ordem de 26,7%, e a classes B cresceu seu potencial de compra comparando com o mesmo período, na ordem de 50%.

Os moveleiros do oeste de pequeno e médio porte podem competir no mercado externo?
OSNI VERONA – O mercado externo está comprando muito os produtos com preços mais econômicos e competitivos que são fabricados em grande escala. O câmbio está favorável no momento, mas ainda está aquém da confiança dos empresários para ser mais competitivo devido o custo no Brasil, falta de reforma na legislação trabalhista e excesso de burocracia na liberação de créditos para investimento em tecnologia industrial.

Nesse cenário hostil e competitivo como se destaca sua empresa?
OSNI VERONA – os primeiros esboços já buscava um nicho de mercado moderno e, por ser um apaixonado pelas linhas dos anos 50 e 60, desenvolvi produtos com esta característica. Mesmo com um mercado restrito, implantamos essa ideia com a releitura que se tornou uma busca desenfreada na alta decoração no Brasil, promovida por novelas em horários nobres da televisão brasileira. Há aproximadamente nove anos nossas peças estão sendo usadas em novelas das mais importantes emissoras do País, decorando ambientes com o mais alto padrão de qualidade, acabamento, aconchego de maneira moderna e sofisticada.

Como o Sr, concilia as outras atividades dentro e fora da empresa com as entidades associativas?
OSNI VERONA – Muitas vezes sou convidado para palestrar aos alunos das nossas faculdades e universidades, também para empresários empreendedores mostrando que o sucesso depende de quatro pilares importantes que devem estar claros na mente do empresário, são eles: compaixão, fé, perseverança e esperança. Na gestão do negócio deve estar bem definido outros quatro indicadores de desempenho positivo que são: vendas, finanças, equipe e satisfação dos clientes. Com isso claro no seu plano de ação a empresa terá uma longevidade invejável, e muitas vezes será usada como referencial.

Qual é a força da indústria de móveis do grande oeste?
OSNI VERONA – Em uma área de atuação de 83 municípios há mais de 1200 empresas cadastradas, das quais e em torno de 460 estão ligadas em ações do Pólo Moveleiro. Somos o 1° em número de empresas do oeste de SC, o 3°em número de empregos do oeste de SC, o 4° setor na economia do oeste. Geramos em torno de 12.000 empregos diretos e 15.000 indiretos e mais de R$ 20 milhões em negócios por ano em exportações.

Quais são os novos desafios que o Sr. enfrenta?
OSNI VERONA – Atualmente cumpro o segundo mandato como presidente do Sindicato dos Madeireiro e Moveleiro do Oeste de SC, gestão 2009 a 2012 e reeleito de 2012 a 2015. Também sou diretor da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) gestão 2011 a 2014 e presidente da Associação dos Madeireiro e Moveleiro do Oeste de SC (AMOESC), promotora da maior feira de moveis do País, a Mercomóveis.

Osni Carlos Verona, presidente da AMOESC.SIMOVALE

Osni Carlos Verona, presidente da AMOESC.SIMOVALE