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Expansão do setor náutico gera oportunidades para os pequenos negócios moveleiros

Santa Catarina tornou-se, em 2012, o segundo maior produtor de barcos de lazer do Brasil. De acordo com um relatório do Sebrae/SC, desenvolvido pelo projeto SIS, essa é a hora de os pequenos empresários moveleiros investirem no setor e prospectar novos negócios para 2013.

O mercado náutico no Brasil está crescendo de forma vertente. Segundo o estudo Indústria Náutica Brasileira, a frota brasileira de embarcações de esporte e recreio acima de 16 pés compreende um conjunto de aproximadamente 70 mil embarcações, entre lanchas e veleiros, em todo o País. Somente em 2011, o segmento faturou R$ 1 bilhão, e em 2012, até novembro, os números indicavam movimentação de cerca de US$ 800 milhões. O setor abre uma nova oportunidade de negócios para as empresas moveleiras de Santa Catarina, visto que o Estado é o segundo maior produtor de barcos do Brasil, com 22% dos estaleiros de todo o País.

O Sistema de Inteligência Setorial (SIS), do Sebrae/SC, desenvolveu um relatório com projeções do setor, informações de incentivo governamental e sugestões de investimento. “O governo do Estado tem incentivado a participação dos pequenos negócios nesse setor. O Polo Náutico do Litoral Catarinense, por exemplo, é considerado estratégico pelo Programa Nova Economia@SC, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável”, destaca Marcondes da Silva Cândido, gerente da unidade de Gestão Estratégica do Sebrae/SC.

As ações previstas ao longo da execução do programa voltadas ao Polo Náutico do Litoral Catarinense têm como objetivo ganhos de qualidade, produtividade e a inserção das empresas em novos mercados. Com o apoio e auxílio da Associação Catarinense de Marinas, Garagens Náuticas e afins (Acatmar), pequenos negócios de diversos segmentos que integram a cadeia produtiva do setor poderão participar de duas ações do projeto até 2014.

Para quem ainda não vislumbrou a possibilidade de novos negócios, o analista técnico do Sebrae/SC, em Lages, Denilson Coelho, conta que a região de Lages, onde localiza-se o Polo Setorial Moveleiro do Planalto, 15 empreendimentos serão beneficiados pelo programa e ainda é possível participar da iniciativa.

“Esse é o momento de os empresários moveleiros investirem em ações que possam contemplar esse setor, que anualmente gera muita renda e empregos. Buscar orientações no Sebrae, por meio de seus agentes, visitar feiras ligadas, pesquisar e prospectar potenciais clientes pode se tornar uma excelente estratégia de novos e bons negócios para 2013”, destaca o gestor do SIS, Douglas Luis Três.

 

Criatividade é a palavra de ordem

Agradar os donos de lancha e iates exige uma constante busca pela perfeição e por novidades, exigindo muita criatividade. Além de móveis sob medida, o relatório do SIS destaca que o ramo moveleiro deve oferecer alternativas para conquistar cada vez mais espaço nesse mercado, sem esquecer da questão de sustentabilidade. O relatório traz como exemplo a loja para madeira teca Teakstore, a primeira especializada em madeira teca de São Paulo, um produto ideal para utilização náutica e em móveis para áreas externas. A Teakstore trabalha exclusivamente com matéria-prima fornecida pela empresa Cáceres Florestal, pioneira no plantio produtivo da teca em terras brasileiras. Suas árvores são colhidas adultas, já com 30 anos de idade, e certificadas pelo Forest Stewarship Council (FSC), assegurando uma madeira de bom manejo florestal produzida em conformidade com os princípios e critérios sociais e ambientais da entidade. “Esse é um bom exemplo a ser seguido por nossos empresários catarinenses”, enfatiza o analista técnico Denilson Coelho.

Para ter acesso ao relatório completo é necessário se cadastrar no portal do SIS (www.sebrae-sc.com.br/sis).

Sobre o SIS

O projeto foi desenvolvido a partir da demanda dos empresários e atende os setores de vestuário, apicultura, calçados femininos, móveis de madeira, leite e sustentabilidade. Criado em 2007, o SIS tornou-se um verdadeiro aliado para o aumento da competitividade das empresas participantes. Uma equipe de profissionais multidisciplinar orienta todo o processo, e as informações, em forma de relatórios, ficam disponíveis no ambiente de disseminação do SIS, totalmente on-line e gratuito.