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Incentivo: “O maior empecilho no desenvolvimento e produção no Brasil são os custos”

A Caixa Econômica Federal lançou neste ano o cartão Minha Casa Melhor, uma linha de crédito especial para quem conquistou o imóvel próprio pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Com o Minha Casa Melhor, o contratante tem até R$ 5 mil em crédito para investir em móveis e eletrodomésticos para sua residência. O que parecia um benefício pode se tornar um problema devido às limitações da linha de crédito oferecida.

Para investimentos em eletrodomésticos o crédito é de até R$ 5.089,00, enquanto para investimento na compra de móveis é de no máximo de R$ 1.745,00, sendo de até R$ 380 para guarda-roupas, de até R$ 370 para cama de casal (com ou sem colchão), de até R$ 320 para cama de solteiro (com ou sem colchão), de até R$ 300 para mesa com cadeiras e de até R$ 375 para compra de um sofá.

O presidente da Associação dos Moveleiros do Oeste de Santa Catarina (AMOESC) e Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Vale do Uruguai (SIMOVALE), Osni Carlos Verona, explica que o crédito disponibilizado para a compra de mobiliário é insuficiente, tanto para quem deseja mobiliar a casa, quanto para motivar a indústria, que não consegue lucro nenhum pela falta de incentivos e pelos valores desproporcionais aos de produção das fábricas.

O empresário reconhece que o Brasil, atualmente, tem uma tecnologia fabril capaz de atender a demanda nacional e até mesmo internacional, no que se refere à produção e design de móveis em grande escala. “O maior empecilho no desenvolvimento e produção no Brasil são os custos”, comenta.

“É necessário que haja um fomento do Governo para que se criem alguns incentivos à produção, visando a proteção do mercado nacional e incentivando o desenvolvimento em grande escala de móveis de alta qualidade. Com isso, haveria um reflexo não apenas no desenvolvimento da indústria moveleira, mas no desenvolvimento econômico no Oeste e também no Brasil”, finaliza.